23 Espécies de aves de rapina em risco de extinção
Conheça as espécies de aves de rapina em risco de extinção em decorrência de diversos fatores de origem antrópica, das 99 espécies rapinantes existentes no Brasil, 35 encontram-se ameaçadas de extinção em uma ou mais listas regionais, e 15 ameaçadas ou quase ameaçadas nacionalmente.
Além disso, a perda de habitats representa uma das maiores e mais impactantes ameaças às aves de rapina do Brasil.
Hoje no blog dos pássaros vamos trazer aos nosso leitores algumas informações sobre as espécies de aves de rapina em risco de extinção.
Cada vez mais novos espaços naturais estão sendo ocupados pela atividade humana, alterando o meio ambiente e exigindo uma plasticidade aos distúrbios que muitas espécies carnívoras carecem.
A descaracterização, redução drástica ou supressão de resíduos florestais, campos naturais e cerrados eliminou os ambientes utilizados por essas aves em várias partes do Brasil, bem como suas presas, causando seu desaparecimento em locais originalmente habitados por elas.
Entre as atividades antrópicas, agricultura, silvicultura, pecuária, extração seletiva de madeira e especulação imobiliária são as que mais têm reduzido/alterado os habitats naturais das aves no país.
Aves de rapina em risco de extinção
Gavião-de-cabeça-cinza
O gavião-de-cabeça-cinza (Leptodon cayanensis ) é uma ave de grande e discreto, que esta presente em quase todo o Brasil.
Na maioria das vezes ele fica sentado na floresta e pode sobrevoar a floresta nas horas mais quentes da manhã.
O alto grau de polimorfismo nos jovens desta espécie com mais de cinco formas de plumagem diferentes é impressionante.
Gavião-cinza
O gavião-cinza (Circus cinereus ) é uma ave de rapina em risco de extinção e rara de distribuição restrita ao sul do continente.
No Brasil, ocorre apenas nos campos, restingas e áreas alagadiças do Rio Grande do Sul.
Geralmente é visto voando a baixas altitudes sobre a vegetação inundada, onde estará à espreita de pequenos pássaros, sapos, roedores, lagartos, répteis e insetos.
Gavião-do-banhado
O gavião-do-banhado ( Circus buffoni) é uma ave de rapina em risco de extinção endêmica da América do Sul.
No entanto, o seu alcance abrange a maior parte da América do Sul, em pastagens e zonas úmidas em todo o continente.
O gavião-do-banhado se alimenta de anfíbios, mamíferos, pássaros chocando no ninho, com seus ovos e filhotes, e outros pequenos animais.
Gavião-miudinho
O gavião-miudinho (Accipiter superciliosus ) é um predador de pequenos pássaros, rápido em seus ataques e por seu comportamento discreto e tímido, é um dos falcões menos estudados do Brasil, habita florestas primárias e secundárias e bordas florestais.
O gavião-miudinho habita o estrato médio de florestas primárias e secundárias, mas é observado sobrevoando clareiras e plantações.
Gavião-bombachinha
O gavião-bombachinha ( Accipiter bicolor) é uma espécie de ave de rapina que ocorre na Argentina, Bolívia, Brasil, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai e Suriname.
O gavião-bombachinha é uma espécie de ave de rapina em risco de extinção pouco conhecida de aproximadamente 33 cm de comprimento e 60-70 cm de envergadura.
Gavião-belo
O gavião-belo (Busarellus nigricollis ) está associada à presença de extensos banhados, pântanos, campos inundados e manguezais, já que sua dieta consiste basicamente de peixes de água doce.
Pesca o dia todo, mesmo nas horas de calor, permanecendo na vara exposta esperando uma oportunidade de pescar, no final da tarde voa até uma árvore alta, próxima ou não, para passar a noite.
Gavião-pombo-pequeno
O gavião-pombo-pequeno (Amadonastur lacernulatus ) é uma ave de rapina em risco de extinção endêmica do Brasil, e esta ameaçado de extinção em algumas regiões.
O gavião-pombo-pequeno possui a cabeça e partes inferiores do corpo de cor branco puro, em voo pode ser confundido com pombos.
Além disso, o dorso é anegrado, as asas têm desenho negro na face ventral, sendo também negra a face dorsal.
Cauda curta e branca com uma base estreita e uma faixa anteapical preta, devido à cor branca pura, a espécie é perceptível de longe.
Águia-cinzenta
A águia-cinzenta (Urubitinga coronata ) prefere habitar áreas campestres, mas também gosta de ficar perto das águas, em ambientes conhecidos como matas de galeria.
Além disso, a águia-cinzenta pesa cerca de três quilos e medindo, aproximadamente, 66 centímetros de altura, esta águia é considerada uma das maiores do Brasil.
Por conta da plumagem cinza-escura que encobre a maior parte do seu corpo, foi que ela se tornou popularmente conhecida como águia-cinzenta.
Gavião-de-asa-telha
O gavião-de-asa-telha (Parabuteo unicinctus ) é uma ave de rapina em risco de extinção, pois ele é mais inteligente das aves de rapina usadas na falcoaria, uma das mais dóceis e de fácil treinamento.
Além disso, o gavião-de-asa-telha é uma ave de rapina de médio-grande porte que se reproduz desde o sudoeste dos Estados Unidos até o Chile, centro da Argentina e Brasil.
Cauré
O cauré (Falco rufigularis) é uma espécie de falcão é conhecido por caçar morcegos, tanto durante o dia quanto durante a noite.
O cauré habita as florestas do México, a América Central, o norte da América do Sul, o norte da Argentina e quase todo o território brasileiro, com exceção do Sul.
Acauã
O acauã (Herpetotheres cachinnans) é uma ave muito bonita e dentre os falcões pertencente a família Falconidae.
Esta ave de rapina esta em risco de extinção, ele é facilmente reconhecível, e possui as penas na cor creme e uma máscara negra que envolve a cabeça e camufla seus olhos, assim como as penas da cauda, visivelmente barradas de branco.
Gavião-de-sobre-branco
O gavião-de-sobre-branco ( Parabuteo leucorrhous) é uma espécie de ave de rapina em risco de extinção da América do Sul.
Além disso, o gavião-de-sobre-branco é raro e discreto, ele ocorre no sul e sudeste do Brasil, vive em florestas de altitude, especialmente em florestas-de-araucária.
Esta espécie habita em florestas de altitudes dos Andes desde a Venezuela até a Argentina, com uma população disjunta no sudoeste da América do Sul.
Águia-serrana
A águia-serrana (Geranoaetus melanoleucus) é uma espécie de ave de rapina em risco de extinção encontrada em regiões campestres e montanhosas.
Além disso, a sua área de distribuição inclui a Cordilheira dos Andes da Terra do Fogo até a Colômbia e Venezuela.
Gavião-pombo-grande
O gavião-pombo-grande (Pseudastur polionotus ) é endêmico da Mata Atlântica e normalmente encontrado nos trechos mais preservados de florestas das regiões sudeste, sul e nordeste do Brasil.
O gavião-pombo-grande é frequentemente observado planando nas horas mais quentes da manhã, muitas vezes junto a urubus e outros gaviões.
Gavião-real
O gavião-real (Harpia harpyja ) tem uma taxa de crescimento populacional muito lenta.
Este fato, aliado à destruição de grandes áreas de floresta e à caça indiscriminada, torna a espécie em risco de extinção no nosso país.
Além disso, o gavião-real pode ser encontrada na região amazônica e em alguns pequenos trechos de Mata Atlântica da região sudeste, especialmente no sul da Bahia e norte do Espírito Santo.
Gavião-pega-macaco
O gavião-pega-macaco ( Spizaetus tyrannus) é encontrado na América Latina, bastante comum nas matas do Brasil.
Ele possui cerca de 70 cm de comprimento, corpo de plumagem totalmente negra, salpicada de leves manchas brancas na região ventral, coxas e coberturas inferiores da cauda.
Além de ser longa, possui três ou quatro listras brancas, e cabeça com uma crista pequena e alimenta-se de aves e pequenos mamíferos.
Gavião-pato
O gavião-pato (Spizaetus melanoleucus ) é encontrado em grande parte da América tropical , do sul do México ao norte da Argentina.
Esta é uma ave não migratório e ocasionalmente vagam fora das margens da faixa de reprodução usual.
Gavião-de-penacho
O gavião-de-penacho ( Spizaetus ornatus) é um poderoso predador das florestas neotropicais e esta na lista das espécies de aves de rapina em risco de extinção.
Ao contrário da sua espécie, o gavião-de-penacho é mais reservado e plana com menor frequência.
E ele pode ser encontrado em diversos tipos de formações florestais, desde florestas densas até cerrados mais arbóreos.
Urubu-de-cabeça-amarela
O urubu-de-cabeça-amarela (Cathartes burrovianus) este espécie de urubu é uma ave necrófaga ou seja, passa uma temporada fora da sua zona de habitação.
O urubu-rei (Sarcoramphus papa) esta ave se expõe com frequência ao sol para esterilizar seu corpo.
A parte superior do corpo é amarelo-claro/esbranquiçado, com asas e cauda pretas, o lado inferior é branco, com plumagem branca e negra.
Os recém nascidos possuem uma fina penugem branca e fofa, mantida nas primeiras semanas de vida.
Além disso, o urubu-rei é uma ave muda, não possui siringe, só sabendo fazer barulhos que lembram um bufar.
Caburé
O caburé (Glaucidium minutissimum) é tão pequena quanto um pardal e é sem dúvida uma das menores corujas do mundo, com cerca de 16,5 centímetros e pesa cerca de 63 gramas.
Além disso, esta ave tem duas cores de plumagem, como outras corujas. Existe uma forma cinza com uma cauda listrada de branco e um peito com bordas cinza claro, a cor dominante de toda a plumagem, marrom-avermelhado.
É possível, encontrar exemplares cuja cauda é da mesma cor e as faixas brancas são quase indistinguíveis.
Caburé-de-pernambuco
O caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum) é uma espécie endêmica das florestas da costa de Pernambuco (PE), no Nordeste do Brasil.
Além disso, as florestas remanescentes na região se encontram, quase sempre, intensamente degradadas.
Esta espécie era uma coruja endêmica do litoral de Pernambuco e o forte desmatamento e a degradação ambiental foram um golpe duro para as populações remanescentes da espécie que, provavelmente, está extinta.
Mocho-dos-banhados
O mocho-dos-banhados (Asio flammeus) é uma ave de rapina em risco de extinção esta coruja de ampla distribuição no mundo, ocorrendo em várias regiões da América do Norte, Europa, Ásia e América do Sul.
No Brasil, ocorre ao longo do norte de Roraima da Bahia e Minas Gerais até o Rio Grande do Sul.
Vive em áreas abertas, como pastagens naturais, pastagens, pântanos e tundra.
Causas que levaram as aves de rapina em risco de extinção
As principais causa das ameaças de extinção das aves de rapina são a perda de habitat, mudanças climáticas e substâncias tóxicas.