A arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus) é uma ave extinta da família Psittacidae era parente da arara-azul e da arara-azul-de-lear.
A arara-azul-pequena era uma arara encontrada na baixa bacia dos rios Paraná e Uruguai, na Argentina, Paraguai, Uruguai e sul do Brasil.
Hoje no blog dos pássaros vamos trazer aos nosso leitores algumas informações sobre esse pássaro e as causas da extinção.
Além disso, ele também é conhecida pelos nomes de arara-azul-claro, arara-celeste, arara-preta, araraúna e araúna.
Esta espécie de arara é considerada extinta por muitos pesquisadores por não ser avistada na natureza há mais de 80 anos, sendo que não existem exemplares em cativeiro.
Características da arara-azul-pequena
A arara-azul-pequena era uma ave que media 70 centímetros de comprimento, a plumagem tinha uma coloração azul pálida e esverdeada, a cabeça era grande, de plumagem acinzentada, com um bico grande e uma cauda muito longa.
Além disso, a área nua na base da mandíbula possuía formato quase triangular e de tom amarelo-pálido.
Com relação ao anel perioftálmico era amarelo, mais pálido do que na região em torno da mandíbula, e o tarso e metatarso eram cinza escuro.
Alimentação da arara-azul-pequena
A arara-azul-pequena se alimentava-se de frutos de palmeiras com frutos grandes, como o butiá-yataí e o butiá.
Contudo, além de outras palmeiras que ocorrem em sua área de distribuição histórica, como o carandaí e o carandá, é provável que também se alimentava de frutos da estação.
Hábitos
causas da extinção
Como não há relatos confirmados, supõe-se que tenha construído ninhos em cavidades de margens de rios, paredões rochosos ou cavidades de árvores.
Era visto aos pares e juntava-se em grupos para se alimentar nas palmeiras, onde os frutos verdes também proporcionavam uma boa camuflagem.
Habitat
A espécie foi historicamente distribuída no norte da Argentina, sul do Paraguai, nordeste do Uruguai e sul do Brasil ao sul do estado do Paraná.
Era endêmica do curso médio dos rios Uruguai, Paraná e Paraguai e áreas adjacentes.
Relatos de exploradores dos séculos XVIII e XIX indicam que a espécie habitava savanas arborizadas intercaladas com matas e palmeirais, como a palmeira butiá jataí (Butia yatai), principalmente ao longo de rios com desfiladeiros íngremes.
Causas da extinção
A espécie nunca foi muito difundida em seu alcance e as populações diminuíram significativamente em meados do século 19 devido à caça e comércio ilegal e destruição e degradação do habitat.
Dois registros são aceitos durante o século 20, uma observação direta no Uruguai em 1951 e relatos locais no estado do Paraná no início da década de 1960.
Embora geralmente considerada extinta, rumores persistentes de avistamentos recentes, relatos locais e rumores de aves comercializadas na Holanda na década de 1970.
No Brasil em meados da década de 1970 e na Suécia na década de 1980 sugerem que a espécie pode ter sobrevivido.
A espécie tem poucos registros de cativeiro, e os últimos exemplares morreram em 1912 no Zoológico de Londres, em 1905 ou 1914 no Jardin dAclimatação em Paris.