Ao todo há 7 espécies de moleiro que fazem parte da família Stercorariidae, essas aves marinhas são conhecidas como moleiros (português europeu) ou mandriões (português brasileiro).
Além disso, todas essas aves são migratórias de longo curso, que nidificam em zonas temperadas e frias.
No entanto, algumas espécies de moleiro são aves cleptoparasitas, isto é, que roubam alimentos de outras aves, e na época de nidificação alimentam-se também dos ovos e juvenis de outras espécies de aves.
Hoje no blog dos pássaros vamos trazer aos nosso leitores algumas espécies de moleiro e como diferenciar cada uma.
Espécies de moleiros
Moleiro-parasítico
O moleiro-parasítico (Stercorarius parasiticus) é uma espécie de ave marinha conhecido também como mandrião-parasítico, e assim como outros moleiros, muitas vezes ataca outras aves marinhas para roubar sua comida.
O moleiro-parasítico pode ser encontrado na Escócia, Escandinávia e Islândia e invernos no Oceano Atlântico e em Portugal ocorre regularmente durante as migrações de outono e primavera.
O moleiro-parasítico tem variações de cores de penas entre cinza e branco, mas não se sabe se essas cores lhe dão uma vantagem evolutiva, um adulto pode pesar cerca de 330–570 g ter uma envergadura de 110–125 cm e uma altura de 41–46 cm.
Além disso, a plumagem varia de completamente escura a clara com ventre branco e lados amarelados do pescoço e os imaturos variam em aparência e são geralmente tons quentes de marrom com listras nas asas marrom claro.
Mandrião-pomarino
O mandrião-pomarino (Stercorarius pomarinus) também é conhecido como moleiro ou mandrião-pomarino.
Esta espécie de moleiro nidifica nas regiões árcticas (Canadá, Gronelândia e norte da Sibéria), e inverna no Oceano Atlântico ao largo da costa africana, em Portugal ocorre sobretudo durante as passagens migratórias.
Uma característica marcante no verão são as penas inusitadas que o mandrião-pomarino usa em sua cauda central em forma de colher, que mede até 11 centímetros.
Essas plumas da cauda são perdidas durante os meses de inverno, o que pode dificultar a distinção entre adultos e juvenis, os adultos em plumagem reprodutiva têm longas penas centrais da cauda em forma de colher como uma característica especial.
As partes superiores do mandrião-pomarino são castanhas muito escuras, o gorro é mal definido e estende-se abaixo do bico e tem uma grande mancha branca no exterior das asas.
Moleiro-grande
O moleiro-grande ou mandrião-grande (Stercorarius skua) é uma espécie migratória, que inverna no Oceano Atlântico, alcançando muitas vezes terras norte-americanas.
Como o resto de sua família, moleiro-grande caça gaivotas e outras aves marinhas com o objetivo de roubar sua comida.
Esta espécie de moleiro mede cerca de 50-58 cm de comprimento e tem uma envergadura de asa de 125-140 cm, as fêmeas são ligeiramente mais pesadas que os machos, pesando cerca de 1,41 kg.
O moleiro-grande adulto é de cor marrom-acinzentada, enquanto os juvenis são de coloração marrom mais clara, é uma ave bem adaptada ao voo, de cauda curta e robusta.
É fácil distinguir o grande moleiro das outras espécies de moleiros, nem que seja pelo seu tamanho e pelas penas brancas que tem debaixo das asas e peito grande.
Geralmente não há dificuldade em distinguir, ás vezes o moleiro-grande pode ser difícil distinguir esta espécie do moleiro do sul, uma espécie que também é grande.
Moleiro-de-cauda-comprida
O moleiro-de-cauda-comprida ou mandrião-de-cauda-comprida (Stercorarius longicaudus) é um pouco mais pequeno das outras espécies de moleiros, distinguindo-se, em plumagem nupcial, pela longa cauda.
O moleiro-de-cauda-comprida nidifica no norte da Europa, na Gronelândia e no Árctico canadiano. Inverna nos oceanos do hemisfério sul.
Além disso, em seus movimentos migratórios, passa habitualmente pela costa portuguesa, mas raramente se aproxima de terra, apresentando hábitos mais pelágicos do que os seus congéneres.
Moleiro-do-sul
O moleiro-do-sul ou mandrião-do-sul ( Stercorarius maccormicki) mede 53 cm de diâmetro e se reproduz nas costas da Antártica, geralmente colocando dois ovos em novembro e dezembro.
O resto do corpo e as asas são marrom-acinzentadas, geralmente é fácil distinguir indivíduos de espécies diferentes, exceto aqueles de cor escura.
Também é difícil distinguir filhotes de filhotes devido às cores e aparência semelhantes.
Mandrião-chileno
O mandrião-chileno (Stercorarius chilensis) também é conhecida como skua, págalo-chileno, escua-comum ou escua-chileno, salteador-chileno, chilenkihu, chilean-skua (inglês).
Esta espécie de moleiro é endêmico da América do Sul, sendo principalmente encontrado na Argentina, Chile e Uruguai, e fora da época de reprodução, é visto mais ao norte no Brasil e até o Peru.
O mandrião-chileno é uma ave que possui uma plumagem escuro que contrasta com sua garganta canela, ele apresenta o dorso castanho escuro e as partes inferiores canela.
Quando empoleirado, a cauda não ultrapassa as pontas das asas, em voo, uma faixa branca pode ser vista nas asas primárias na parte proximal, contrastando com a parte distal preta, e a cauda geralmente apresenta uma projeção central curta e rombuda.
Os pés possuem membranas interdigitais, e alguns indivíduos apresentam uma mancha branca no tarso (essa mancha pode estar relacionada ao dimorfismo sexual no período reprodutivo).
Mandrião-antártico
O mandrião-antártico (Stercorarius antarcticus) é conhecido também como moleiro antártico e gaivota-rapineira.
O mandrião-antárticoé uma ave que tem uma envergadura média de 64 cm de comprimento e uma massa média de 1.730 gramas.
Além disso, os sexos destas são são similares na aparência, porém em alguns casos em que os machos são mais escuros do que as fêmeas porém, eles são diferentes em tamanho, com fêmeas maiores e mais pesadas que os machos, conhecido como dimorfismo sexual inverso.
Alimentação do moleiros
Todas as espécies de moleiros possui hábitos alimentares piratas, ou seja perseguem outras aves a fim de obter a presa delas.
No entanto, eles também se alimenta-se de peixe, filhotes de pinguim e outras aves marinhas, pequenos mamíferos , ovos e carniça.