Pavãozinho-do-pará (Eurypyga helias) é uma ave da família Eurypygidae, conhecido também como pavão, pavão-da-várzea e pavão-papa-moscas.
Hoje no blog dos pássaros vamos trazer aos nosso leitores algumas informações sobre essa maravilhoso pássaro e origem.
Além disso, esta é a única espécie da monotípica família Eurypygidae e a única do gênero Eurypyga, antes pertencia aos Gruiformes, porém atualmente está colocada na ordem Eurypygiformes, juntamente com o cagu.
O pavãozinho-do-pará possui um habito de pousar em galhos ou troncos caídos na água, em pedras ou no solo, e costuma efetuar suaves movimentos de vaivém lateral, aprendidos ainda no ninho, umas vezes de corpo inteiro e outras apenas com suas partes posteriores, podendo caminhar na água, quase sempre em locais rasos.
Esta espécie de ave é solitária, e caminham pelo chão com grande elegância, às vezes costumando dançar com asas e cauda abertas e exibindo as suas colorações.
Subespécie
O pavãozinho-do-pará possui três subespécies elas são:
– Eurypyga helias helias: encontrado da Colômbia até a Venezuela, nas Guianas, na região Norte e Centro-Oeste do Brasil, e no leste da Bolívia, o bico é mais delgado do que as outras subespécies, e a parte traseira mostra amplo barrado com faixas creme.
– Eurypyga helias major: encontrado extremo sul do México e da Guatemala até o oeste do Equador, Possui o bico mais robusto das três subespécies; partes superiores são principalmente cinza, com estreitas faixas pretas.
– Eurypyga helias meridionalis: encontrado nas regiões sul e central do Peru, nas regiões de Junín e Cuzco, e possui menos barrado acima do que as outras subespécies com as partes superiores mais cinzentas; as cores do bico e tarsos também são mais brilhantes.
Características do pavãozinho-do-pará
O pavãozinho-do-pará mede cerca de 48 cm de comprimento, a cabeça é preta com listra superciliar branca e uma listra malar também branca.
Garganta branca, estendendo-se até a frente do pescoço e meio do peito e abdômen, variavelmente manchada de creme e preto e marrom, mas ainda mais clara que o resto do corpo.
Sob as asas a coloração é branca. A garupa e as laterais do pescoço são finamente listradas de preto e creme, com as listras ficando mais densas no dorso e mais claras nos flancos.
A pelagem do indivíduo masculino é mais cinza ou mais preta que a do indivíduo feminino. Os escapulários são cinzentos, castanhos a pretos, com grandes manchas brancas.
Asas e cauda são de cor preta e cinza. As asas estendidas apresentam um padrão com um sol composto pelas cores dourado, marrom e preto, a mesma coloração é representada por uma faixa nas pontas das asas.
Essa faixa cobre as bases das primárias internas e também está presente nas pontas das primárias externas. A cauda aberta também mostra duas faixas da mesma coloração marrom e preta.
A íris é vermelha com pálpebras amarelas. Bico muito longo e pontiagudo. A maxila é geralmente de cor preta ou acastanhada.
A mandíbula inferior é de cor laranja. Os tarsos são laranja brilhante e a pele na parte superior dos pés e dedos é marrom.
Reprodução do pavãozinho-do-pará
Ele constrói um ninho raso em forma de tigela em galhos de árvores acima ou perto da água, usando folhas, raízes, musgos e lama.
Põe 1 ou 2 ovos grandes, amarelados com manchas castanhas e cinzentas. Machos e fêmeas incubam os ovos por 26 a 27 dias, alternando entre dois dias sem interrupção.
Os filhotes nascem emplumados e passam cerca de 23 dias sem sair do ninho.
Para proteger seu ninho, ela finge estar ferida, ou abre as asas, mostrando toda a beleza de sua plumagem, com imponência, e emite um som semelhante ao de uma cobra.
Alimentação
O pavãozinho-do-pará se alimenta-se de insetos, rãs, peixinhos, caranguejos e outras pequenas presas, que obtém à beira d’água ou revirando o chão da floresta.
Além disso, ele caça com olhos fixos na presa, avançando com cautela e fazendo com a cabeça movimentos em ziguezague para, de repente, apanhá-la com o bico.
Habitat
O pavãozinho-do-pará habita beiras de rios e igarapés no interior da floresta densa e emaranhados de vegetação à beira d’água.
Esta ave vive solitário ou aos pares, andando lentamente pelas margens de igarapés ou locais de solo úmido, porém raramente entra na água.
O pavãozinho costuma cantar no início da manhã ou no final da tarde, e o seu voo é baixo e silencioso, como o de uma ave noturna.
Canto do pavãozinho-do-pará
O canto do pavãozinho-do-pará emite um trinado como um rrrrrru ou iu-rrrrrü, de timbre similar ao do inhambu-pixuna, além de outras vocalizações como um forte ia ou um estranho e sibilante tschurrrrra, um crocitar e um estalo klak; ou um kak-kak-kak-kak forte, ao alarmar-se.
Fotos do pavãozinho-do-pará
Distribuição geográfica
Nativo da América do Norte (México), ocorrendo em grande parte da Amazônia brasileira (também Equador e Peru), estende-se ao sul até Goiás e Mato Grosso do Sul (incluindo a parte adjacente da Bolívia) e nordeste até o Piauí. Menções recorrentes de Argentina e Uruguai são incorretas.