Tordo-austral: características, habitat, reprodução e alimentação
Tordo-austral ( Turdus falcklandii ) é um sabiá de médio porte da familia dos Turdídeos nativo do sul da América do Sul .
O tordo-austral é semelhante ao melro- preto , também do gênero Turdus , com bico e pés amarelos, cabeça, dorso e asas castanho-escuros e ventre mais claro.
Hoje no blog dos pássaros vamos trazer aos nossos leitores algumas informações sobre essa maravilhoso pássaro e origem.
No Chile e na Argentina, o tordo-austral vive em uma variedade de habitats, desde florestas de Nothofagus até terras agrícolas e até jardins.
Características do tordo-austral
O tordo-austral macho adulto tem até 26 cm de comprimento e massa corporal variando de 95 a 113 g. Tem a testa, capuz, nuca, bochechas e orelhas enegrecidos com algumas marcas castanhas na testa e no capuz.
A área da nuca e do dorso, incluindo as coberturas maiores, bem como a borda das penas secundárias e terciárias , é marrom-oliva. O restante das asas , incluindo as penas primárias e os remiges, são marrom-escuros.
A cauda é da mesma cor, castanho-oliva na base das rectrizes centrais. O queixo e a garganta esbranquiçados são fortemente manchados e estriados de marrom escuro.
A fêmea muitas vezes não pode ser distinguida do macho, no entanto, sua cabeça é mais pálida e fica marrom amarelada. Suas partes superiores às vezes são mais pálidas ou tingidas de amarelo oliva.
Os imaturos têm o dorso marrom, com estrias claras evidentes na cabeça, nuca, pelagem, dorso e escapulários. Os abrigos grandes e médios têm manchas laranja nas pontas.
A parte inferior é amarela a amarelo-alaranjada, com numerosas manchas acastanhadas no peito, barriga e flancos, e estrias no queixo e na garganta. O bico é marrom. Pernas e pés são castanho-amarelados foscos.
Habitat do tordo-austral
O tordo-austral frequenta uma grande variedade de habitats , normalmente abaixo de 1.700 metros, mas até 2.150 metros de altitude, desde a floresta andina patagônica, dominada pelos nothofagus , até a estepe patagônica .
Encontra-se na mata e no mato aberto – aprecia particularmente as faias -, nas orlas de matos cerrados, nas charnecas e nos matagais, mas também nas áreas cultivadas com árvores esparsas e sebes e nas zonas arborizadas jardins.
Nas Malvinas, frequenta prados densos de tufos de até três metros de altura, perto de praias rochosas repletas de samambaias, onde vasculha montes de algas marinhas em decomposição.
Reprodução do tordo-austral
A época de reprodução é entre agosto e fevereiro no Chile, entre outubro e novembro na Argentina e entre agosto e dezembro nas Ilhas Malvinas.
Na zona central do Chile, que se beneficia de condições climáticas particularmente favoráveis em comparação com as zonas do sul, a estação reprodutiva pode durar até seis meses, com picos em setembro .
O ninho é em forma de taça, com cerca de dez centímetros de diâmetro e é construído com uma mistura de capim, musgo , folhas, raízes finas e crina de cavalo , consolidado com lama ou excrementos de gado e forrado com gramíneas mais finas e musgo .
Põem de dois a quatro ovos , de cor azul-esverdeada, com manchas ou estrias vermelhas, mais ou menos desbotadas, ou castanhas. A incubação é responsabilidade da fêmea, enquanto o macho patrulha os arredores.
O período de incubação e criação pela ninhadasão cerca de 30 dias, aos quais se devem acrescentar mais 14 dias para a construção do ninho e o intervalo entre cada ninhada e a seguinte.
Alimentação do tordo-austral
O tordo-austral é Omnívoro alimenta-se de minhocas , caracóis , insetos , larvas e outros invertebrados . A sua dieta , especialmente no inverno, inclui também bagas , frutos e sementes de plantas herbáceas, arbustivas e arbóreas
Estado de conservação
A substituição de grande parte da vegetação arbustiva original por extensas plantações de árvores frutíferas parece ter criado um habitat favorável para a espécie. O tordo-do-sul é protegido por lei, com exceção do arquipélago de Juan Fernández, onde pode ser caçado sem restrições.
Isto tendo em conta os problemas causados pela dispersão de sementes de espécies invasoras, em particular as da silva, neste ecossistema insular.
A população da espécie não foi quantificada, mas a tendência parece ser estável e a espécie está incluída na categoria de menor preocupação da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN.
